SERVIDORES LOTAM TEATRO DA ALMG PARA VER ADÉLIA PRADO

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“Hoje, há um déficit de atenção muito grande. Ninguém presta mais atenção no outro. Ficamos loucos para que o outro termine de falar para que possamos falar o nosso. Ouvir é a coisa mais humana do mundo. É doar uma parte de nós”. Esse foi o tom do encontro com Adélia Prado, na abertura da Semana do servidor, no dia 17 de outubro.

O Teatro da Assembleia foi lotado pelos servidores da ALMG, que foram prestigiar um dos maiores fenômenos da poesia brasileira. Em voz suave e expressão cativante, a escritora divagou sobre algo que deveria ser a essência do espírito humano: o amor.

Em sua singular delicadeza, Adélia buscou na forte referência religiosa e em suas próprias experiências o que seria a verdadeira forma de amar. “Precisamos falar do ser humano. É muito fácil amar animais. Eles não exercem o contraditório. Amar o ser humano é a questão. Às vezes brigamos com as condições da natureza humana”.

Para a autora, não há música mais bonita para os ouvidos do que um “eu te amo”. “Quando ouvimos um ‘eu te amo’, queremos parar o mundo. Isso é a perfeição da linguagem”. Sem se ater ao amor romântico, Adélia acredita que o sentimento, em sua pureza, encontra bloqueios que impedem a experiência plena dos indivíduos.

“Quem tem orgulho, não perdoa… quem não tem iniciativa, irá cristalizar na solidão. Se você se endurece no seu orgulho, você não conhece o amor”.

Ter uma consciência aberta para o sentimento é para Adélia o verdadeiro significado de santidade. “Acho que ser santo é isso. Não consiste em andar sobre as águas”.

A palestra de poetisa foi uma realização da Aslemg, Sicoob Cofal e Sindalemg para a programação da Semana do Servidor da ALMG de 2016.

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